DESAPARECIMENTO DE LUISA PORTO
CENOGRAFIA E FIGURINOS
FICHA TÉCNICA
Dramaturgia a partir do poema de Carlos Drummond de Andrade – Diogo Liberano
Diretor Assistente – Andrêas Gatto
Luz – Livs Ataíde
Direção Musical – Edvan Moraes
Oficina de Voz – Leandro da Costa
Cenografia e Figurinos – Elsa Romero
Voz – Renata Frisina
Corpo – Soraya Bastos
Projeto gráfico – Rita Ariani
Fotografia – Pablo Henriques
Direção de Produção: Marcia Quarti
Elenco: Amanda Carrijo, Antonio Tostes, Érico Novikoff, Cecília Imbelloni, Giovanna Loureiro, Giulia Amanda, Isabel Nardy, João Marco Luz, Júlia Iribarne, Karina Bublitz, Maria de Castro Maia, Nathália Aguado, Paulo Vitor Rocha, Pedro Rodrigues, Renata Rego, Roberta Bokel, Yago França.
Rio de Janeiro, 1948, 2018. Uma mulher de 37 anos vai à feira e não volta mais. Após seu desaparecimento, a cada dia, notícias tentam prever o seu destino enquanto pessoas tentam encontrá-la de fato. Onde está Luísa? Em meio à produção de notícias sobre o seu paradeiro, sua mãe, entrevada numa cadeira de rodas, não cessa de chamar pela filha desaparecida. Quem matou Luísa?
O poema Desaparecimento de Luisa Porto, escrito por Carlos Drummond de Andrade, originalmente publicado em 1948, serviu de ponto de partida para o espetáculo criado pelo diretor Diogo Liberano e que estreia curta temporada no Teatro Gláucio Gill a partir do dia 9 de novembro.
O diretor Diogo Liberano define o espetáculo como um poema cênico inspirado no poema de Drummond que conta a situação do desaparecimento de uma mulher de 37 anos no Rio de Janeiro, chamada Luísa Porto, e todo o sensacionalismo da mídia (sobretudo a mídia impressa) acerca do caso. “É um poema altamente crítico em relação a uma questão que, atualmente, está ganhando contornos perversos como é o caso das fakenews. Pareceu-me importante chamar a atenção do espectador – e também nossa, é claro – da importância do cuidado em relação ao outro. , explica Liberano. “É uma grande paródia o sensacionalismo da nossa mídia que, obviamente, nos remete Á onda de fascismo crescente que estamos vivendo no Brasil contemporâneo”, completa.
A composição visual do espetáculo que tem cenário e figurinos criados por Elsa Romero, é feita a partir de materiais e materialidades que remetem ao universo da obra civil. “De alguma forma, a peça é sobre a construção, destruição e reconstrução de alguma humanidade, alguma civilidade do homem contemporâneo. Assim, usaremos tapumes em cena, escadas, telas de proteção à obras, bem como jornais impressos. Esse universo de materiais está em cena para ser composto, recomposto, posicionado e reposicionado. É um material que solicita ao elenco uma ação de composição e decomposição. Como costumo dizer, é um cenário para jogo (ao invés de ser uma tentativa de reproduzir lugares e atmosferas da dramaturgia de modo literal)” garante o diretor.